mercredi 13 octobre 2010

andrew bird

Lembro-me de ele falar sobre umas noites terríveis de insónias, em que os seus olhos cismavam em verem-se por dentro. (Onde já se viu isto?) Passeavam então pelas pálpebras fechadas e cansadas numa tentativa de perceber algo incontornável. Deviam achar que algo fascinante por lá se passava. Dei por mim num martírio de dores, pois os tontos dos meus olhos em modos de macaquinhos-de-imitação foram em busca de algo que eu desconheço, mas que é frio e escuro, certamente (ou não, quem sabe?).

Aliviou-me também, com a simples constatação sobre aquelas músicas muito bonitas e que nos dizem muito, mas que na verdade, taditas, não fazem muito sentido nas suas frases intermináveis e cheias. Mesmo assim são elas as que resolvem tudo, cá dentro, com uma lufada de ar freco.
 
 
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